quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tua Fonte

Quero achar tua sagrada fonte
para matar minha sede de amar-te
sendo a fome devorada pelo seu prazer


Inventaremos formas de amar
dentro da realidade constante do desejo
vivendo do amar pleno e simples


Tentando sem sucesso saciar nossas vontades
tendo sempre o louco desejo de amar
não tenho mais duvida 'e preciso


Dizer que te amo sem limites
que tuas diferencas
completarão as minhas


Que meus medos superarão os seus
nossos desejos alimetarão
a locura de amar sem engano.


HS

Deserto

Já sei, nosso amor acabou
não vou mais derramar
o mel que alimenta
o beija-flôr do meu coracão
pois, sonhava acordado
na esperanca que a flôr
brota-se no deserto
de minha solidão
onde não resisti
o verde de seus olhos
onde não resisti
o soprar de suas
palavras que negam
o nosso amor.



HS

A chama

Meu coracão procura a verdade do teu amor
Que por muitas vezes pede perdão apaixonado
Sentindo a cada vão momento uma aflicão constante
Atormentando os desejos mais lindos


Talvez não seja o amor verdadeiro a 'unica resposta
Mais mesmo sem perdão e com toda lama
Vou levando esta chama que dar calor aos nossos desejos
E assim, ter o teu corpo cansado sobre o meu em brasa


Mais se por ventura não quereis que eu
Não chore mais diga para o tempo não passar
E deixar minha juventude quetinha
Só pra te devorar todos os dias.




HS

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Baianinha

Senti tua falta, queria robar-te da Bahia
pensei que não poderia
achei melhor rezar
pro Senhor do Bom Fim


Você passou, nao vi seu balancado
agora me resta a ultima garafa
sei que meu coracão vagabundo
quer seu mundo pra mim


Teu requebrado baianinha
da ritmo as ondas do mar
determinando a forca do vento
que levanta sua saia levemente


Sei que tem um
lindo requebrado pro lado
que arrepia a' lma


Como è que eu vim de longe
pra amar você baianinha
com esse requerado


Ai meu Senhor São Josè.



HS

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ilusão e amor

Não sei o motivo de querer tanto
de sonhar com seus abraços
pensar que esse amor é a cura


Ter a devida consciência
se for uma ilusão
seria doce, perfeita e única


A tua voz me acalma...
estou desconfiando que meu coração
é traidor


Pois, quando te vejo
bate mais que as asas do beija-flor
sei que a ilusão e o amor andam juntos


Sempre o coração me lembra
para quer bater
se ela não vai ouvir


Sei que a questão
é querer
é decidir...


Mais quero afastar-me
da possibilidade de sofrer...
não posso!


É muito maior que querer
como posso ser feliz
sem esse amor


Pois quando durmo
em seu colo
volto a nascer...



HS

Logo agora

Não esperava...depois de tantos amores
tantas aventura, tantas tristezas
e infinitas alegrias
A vida me reservaria você
logo agora, que pensei em desistir
Morena, olhos pretos, cabelo longo
não esperava...sentir novamente a perfeição do amor
Logo agora, justamente agora
sentir o prazer, sentir a mansidão do gostar
pois é...agora entendo o sorriso, mais como eles não entenderam
Não se preocupe
se não fizeram amor com você
faço eu!
HS

sábado, 4 de outubro de 2008

O haver - poetinha vagabundo

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo– Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história...
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.


Vinícius de Morais

A neve

A neve cai deixando branco o coração

o frio congela os pensamentos

eis que chega você amada

que acaba com o frio glacial

existente em minha' lma

o amada como é quente seus beijos

como é caloroso seu abraço

como é gostoso sentir sono de manhã

depois de passar a noite

ardendo em seus braços

de madrugada ainda nos amamos

a vida começa a acordar

o mundo começa a despertar

o poeta começa a escrever

a rotina toma o dia

para fugir dela


eu me perco no engarrafamento dos seus beijos, toques...

o amada olho pela janela

vejo o jardineiro colhendo a rosa

com o teu perfume que revela

o aroma do amor


sinto bem é único e suave

que vem da sua pele suada

escuto o cantar dos pássaros

misturados aos seus gemidos

doces de prazer

tanto amor...

tanto desengano...

o morena me deixou sonhando

logo mais vejo o samba em seu requebrado

linda, suave, ardente

sambando na avenida do meu coração

debochando do pecado, do prazer,

do jogo de amar acabado.










HS

Quando...

Quando o meu bem
perceber o barulho
que meu coração faz
nunca mais me deixará

Quando sentir o calor
do meu corpo
aquecendo sua alma
intensamente, não temerá

Quando ver o sol nascer
ficara triste querendo
que a noite chegue logo
para aquecer sua cama

Quando a noite chegar
desejará que não tenha fim
o amor, o gozo, o calor
para poder embriagar-se de prazer.


HS

Pode ser a gota d'água

Tomou meu corpo
Tomou minha alegria
É a gota d'água

Acabou com minha festa
Detonou meu coração
É a gota d'água

Tirou meu sangue
Deixando apenas um liquido amargo
É a gota d'água

Triturou o meu ser
Expulsou minha alma
É a gota d'água

Deixando apenas um pote cheio de magoa
Um orvalho seco e nenhuma gota de amor
Definitivamente é a gota d'água.


HS

Sentimentos

tristeza
dor
alegria
alivio
paixão
desgosto
amor
ódio
tesão
frieza
vontade
desprezo
coragem
fraqueza

descredulo ...

Sentimentos apenas sentimentos
tão humanos...tão inesperados
capazes de demonstrar
quem realmente somos

O que queremos
tolos os que não buscam explorar
incapazes de sentir a vida
incapazes de amar

Mais triste ainda
nunca serão amados
nunca serão queridos

não serão capazes
de escutar o vento
de sentir o aroma do amor

Não verá a flor
brotar no coração
nunca será completo.

HS

Tenho dito

Doces lembranças, prazerosas lembranças
momentos únicos, amor incomparável...
sentimos e vivemos nossos sonhos
mais você desatinou
seu egoísmo foi implacável

Amargou o meu ser
deixou minha alma escura
tirou o meu brilho e atormentou minha paz

Não entendo como me perdi em seus braços
mais sei que você me quer fraco
incapaz de ser de outro amor

Não se preocupe porque eu vim pra não morrer
quero te mostrar as cicatrizes que ganhei
na briga que travei com meu coração

Me quer todo seu, mais não adianta
sua risada me assusta e prefiro
rolar sozinho na esteira...
não se aquecerá mais na fogueira do meu amor
e tenho dito.



HS

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O desgosto

O sonho se foi

O amor acabou

A vida desfaleceu

O dia escurece

A coragem se foi

A prudência partiu





Entretanto...



A vontade de sonhar é grande

A vontade de amar é eterna

A vontade de viver é única

A vontade de ver o sol nascer é linda

A vontade de recuperar a coragem é louca

A vontade de ser prudente é real





O desgosto é torturante e capas de cegar...



Mas não sejamos hipócritas...



Viver é muito gostoso.


HS

Resta...

"Este ridículo desejo de ser útil e esta coragem de comprometer-se sem necessidade..."

Resta esta ridícula necessidade de notoriedade
Resta a absurda vontade de ter por ter, de ser por ser
de viver no modismo...

Este jeito egoista de amar
uma vontade louca de ser mais que todos
um sentimento mesquinho e voltado para ideais medíocres

Resta a incapacidade de ser simples e aproveitar os sentimentos verdadeiros

Resta a incompreensão do humano que tanto busca, que tanto deseja e esquece que a felicidade está na simplicidade dos pequenos gestos...

no dispertar, no amor, no olhar, no carinho, na paixão, no perdão, no viver sem culpa, no humano e na capacidade do perdão.




HS

Amada Isabela

Lembro quando te vi pela primeira vez

dentro do carro com suas lindas pernas cruzadas

vestia uma saia tão linda e curta

mais lindo ainda era seu seios



há amada quando lembro do seu sorriso,

quanto desejo, quanta vida, quanto amor

sei que fazia parte da noite...



mais não queria continuar vivendo na escuridão

tendo seu amor as noites eram mais quentes

os dias mais lindos, as tardes mais tranquilas

agora lembro de ti e do passado que tivemos,



das noites que passamos,das farras,

das percas, das declarações de amor

e hoje tenho certeza que pra você não fui nada

só que pra mim amada, você foi tudo.


HS

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O mundo é um moinho

Ainda é cedo amor

Mal começastes a conhecer a vida

Já anuncias a hora de partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida

Embora eu saiba que estás resolvida em cada esquina cai um pouco tua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor

Preste atenção o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida

De cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares estás à beira do abismo

Abismo que cavaste com os teus pés.











O amor é um abismo...





"O amor é um abismo que sempre andamos pela borda

mais quando caímos repentinamente, ficamos fora do alcance da razão

buscando no amor todas as respostas

não se preocupando com a própria existência

sendo levado inconscientemente para a ilusão

do amor egoísta , onde não se valoriza a simplicidade do amar."



HS

Ex-amor



Olhando hoje os amores que tive


não vejo tristeza, sinto apenas saudade:




da carne, da lágrima, do sentir


do frio na barriga, do beijo na nuca


do que foi e do que poderia ser...




Simplesmente sinto saudades de viver


a harmonia do amor, do gostar, do gozar


sem limites e sem pudor




Saudades de ser um verdadeiro amante


capaz de demonstrar o sentido de amar




Creio que seria bom não ter saudades, não sofrer!!!


Mais seria muito mais doloroso descobrir


que sem saudades não dá pra viver




Sem saudades não dar pra sonhar


e muito menos amar.






HS






segunda-feira, 29 de setembro de 2008

objetivo


... promover e valorizar o que já foi escrito, dito e cantado sobre o amor e a vida!

"....viver é a arte do encontro, embora existe tanto desencontro !!!"

(Vinícius - poetinha vagabundo)

A vida é pra viver, a vida é pra valer, a vida é pra levar...Vinícius velho saravá!!!


A Separação !!!


Um nome de mulher

Um nome só e nada mais

E um homem que se preza

Em prantos se desfaz

E faz o que não quer

E perde a paz

Eu, por exemplo, não sabia, ai,

O que era amar

Depois você me apareceu

E lá fui eu

E ainda vou mais...


Mulher, ai, ai, mulher

Sempre mulher

Dê no que der

Você me abraça, me beija, me xinga

Me bota mandinga

Depois faz a briga

Só pra ver quebrar

Mulher, seja leal

Você bota muita banca

Infelizmente eu não sou jornal

Mulher, martírio meu

O nosso amor

Deu no que deu

E sendo assim, não insista

Desista, vá fazendo a pista

Chore um bocadinho

E se esqueça de mim...


De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente...


Dificil abrir mão de quem se ama, o que devemos fazer diante da separação????

O que é o amor...?





De manhã escureço,



De dia tardo,



De tarde anoiteço,



De noite ardo...






Monólogo de Orfeu






Mulher mais adorada!



Agora que não estás, deixa que rompa



O meu peito em soluços!



Te enrustiste



Em minha vida; e cada hora que passa



É mais por que te amar, a hora derrama



O seu óleo de amor, em mim, amada...



E sabes de uma coisa?



Cada vez



Que o sofrimento vem, essa saudade



De estar perto, se longe, ou estar mais perto



Se perto, – que é que eu sei!



Essa agonia



De viver fraco, o peito extravasado



O mel correndo; essa incapacidade



De me sentir mais eu,



Orfeu; tudo isso



Que é bem capaz de confundir o espírito



De um homem – nada disso tem importância



Quando tu chegas com essa charla antiga



Esse contentamento, essa harmonia



Esse corpo!



E me dizes essas coisas



Que me dão essa força, essa coragem



Esse orgulho de rei.



Ah, minha Eurídice



Meu verso, meu silêncio, minha música!



Nunca fujas de mim!



Sem ti sou nada



Sou coisa sem razão, jogada, sou



Pedra rolada.



Orfeu menos Eurídice...Coisa incompreensível!



A existência



Sem ti é como olhar para um relógio



Só com o ponteiro dos minutos.



Tu



És a hora, és o que dá sentido



E direção ao tempo, minha amiga



Mais querida!



Qual mãe, qual pai, qual nada!



A beleza da vida és tu, amadaMilhões amada!



Ah!



Criatura!



Quem poderia pensar que Orfeu: Orfeu



Cujo violão é a vida da cidade



E cuja fala, como o vento à flor



Despetala as mulheres - que ele, Orfeu



Ficasse assim rendido aos teus encantos!



Mulata, pele escura, dente branco



Vai teu caminho que eu vou te seguindo



No pensamento e aqui me deixo rente



Quando voltares, pela lua cheia



Para os braços sem fim do teu amigo!



Vai tua vida, pássaro contente



Vai tua vida que estarei contigo!










eu te amo...












Ah, se já perdemos a noção da hora






Se juntos já jogamos tudo fora






Me conta agora como hei de partir






Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios






Rompi com o mundo, queimei meus navios






Me diz pra onde é que inda posso ir






Se nós, nas travessuras das noites eternas






Já confundimos tanto as nossas pernas






Diz com que pernas eu devo seguir






Se entornaste a nossa sorte pelo chão






Se na bagunça do teu coração






Meu sangue errou de veia e se perdeu






Como, se na desordem do armário embutido






Meu paletó enlaça o teu vestido






E o meu sapato inda pisa no teu






Como, se nos amamos feito dois pagãos






Teus seios inda estão nas minhas mãos






Me explica com que cara eu vou sair






Não, acho que estás se fazendo de tonta






Te dei meus olhos pra tomares conta






Agora conta como hei de partir...