terça-feira, 12 de maio de 2009

Mulher de Luanda

Chove forte lá fora;
Não vejo a aurora;
Tudo está claramente cinza,
Valorizado como o Kwanza.
Sento na bela varanda
Na casa triste de Luanda,
Pinto na tarde escura
Desenhos da mulher pura,
Que sempre esteve disposta
À esperar-me na costa
Do mar da solidão fraterna,
Que se revela erroneamente eterna.
Doce e bela, ficava à espera de um simples Ababo
Ou até mesmo de um afetuoso kouabo
Fico portanto com o pensamento,
Que leva-me sonhar a cada momento,
Lembrando até mesmo da chuva,
Que trazia o sabor da uva,
A qual, brotava do teu prazer,
Mesmo quando, teimava em fazer
Irritantes charminhos, desesperada!
Para tentar ser totalmente amada.








HS

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