segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gentileza vaga

É na lágrima chorada,
Por quem sofre desprezada
Pela face da amada,
Numa vontade que é na mente
Juvenil, adolecente
Fascinante e carente;

Na gentileza vaga
Tão faceira quando afaga
A face da amada
E que ao depois beijando
Vai fugindo descontente
Descontando na paixão;

Na beleza modesta
Perfumada da amanda
Brilhando ao fulgor do prazer
Nos sabores da maçã
Na radiante manhã
No matutino alvorecer

E no poeta que chora,
E na face da criança,
E num mal que não se descora,
E no alento da esperança,
E no penar da amada,
E na saudade aliada;

Vejo, enfim a toda hora,
Quer na tarde, quer na aurora.
O amor tem que imperar
Quer no dia tenebroso,
Quer no céu tempestuoso,
Quer na noite de luar!
O prazer tem que acordar,
Para ser pleno o amar.




HS

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